Os Sete Pecados Capitais

Todo católico, e não católico, já ouviu falar sobre os sete pecados capitais, mas nem todos sabem que os sete pecados não estão na bíblia, apesar de alguns estudiosos dizerem que eles foram inspirados na passagem de provérbios 6:16-19, e muitos ainda não sabem sequer quais são os sete pecados capitais, que tanta ojeriza causam a Deus, segundo crê o próprio homem.
No início, a Igreja Católica desenvolveu ensinamentos básicos para orientar os homens a se manterem longe dos vícios deste mundo, classificando pecados que levariam os homens a desagradarem a Deus, pecados que deveriam ser combatidos com todas as suas forças para evitarem a perdição de suas almas. De início, foram selecionados oito pecados, mas com o tempo foram retificados para apenas sete pecados, tendo sua conclusão final sido elaborada por São Tomás de Aquino, que os classificaram da seguinte forma: Vaidade; Inveja; Ira; Preguiça; Avareza; Gula e Luxúria. Ouve ainda quem relacionasse esses pecados com demônios. Peter Binsfeld, no século XVI, foi quem associou os sete pecados capitais com sete demônios:
Vaidade é Lúcifer; Inveja é Leviatã – monstro relatado brevemente no livro de Jó -; Ira é Satã; Preguiça é Belphegor – senhor do fogo venerado pelos moabitas no monte Fegor -; Avareza é Mammon – ídolo pagão relatado no novo testamento quando se refere ao apego ao dinheiro -; Gula é Belzebu – cujo nome significa ‘chefe dos demônios’ era uma divindade cananita adotada pelos filisteus cuja tinha um templo em Ekron -, e Luxúria é Asmodeus – nome que deriva do hebreu e significa ‘espírito do mal’ e seria o demônio responsável por reger o sexo, a luxúria e ocasionar a briga entre casais. Uma relação realmente interessante, capaz de aterrorizar até os mais impulsivos pecadores primitivos que se deixavam impressionar por mitos e lendas, explorados amplamente por muitos governantes e líderes religiosos há alguns séculos atrás, fazendo-os pensarem bem, antes de se entregarem às suas iniqüidades.
Hoje em dia muitos mitos e lendas ainda são explorados por alguns falsos líderes religiosos e por alguns governantes velhacos. Transubstanciação na eucaristia, lencinhos mágicos, ramos que espantam o mal, a língua do Chalabalá e o famoso copinho com água. Na política também temos muitas lendas, mas a mais famosa é a de que o Brasil é o país do futuro. E eu pergunto: onde jogaremos os destroços do nosso eterno presente?
Cuidado com as heresias religiosas e "políticas"!

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