O Conto do Macaco (Criacionismo x Evolucionismo)

(Trecho do artigo: O conto do macaco)

A Teoria da Evolução contra a ciência e a Fé (O conto do macaco)
Raul Leguizamon - Revista SEMPER
O autor, Raul Leguizamon, é argentino, de Córdoba, e membro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Este seu artigo foi publicado no número especial de verão do ano 2001 da revista SEMPER, periódico editado pela Fraternidade. (para ver o artigo na íntegra acesse o site:
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=ciencia&artigo=conto_macaco&lang=bra)

O CONTO DO MACACO

Caricatura publicada na revista Hornet.




Vamos por partes. Para começar, digamos que o Homem de Neanderthal não é certamente um "hominídio". Apesar da "difamação antropológica" darwinista (a expressão é do famoso antropólogo americano Ashley Montagu), que o mostrou durante cem anos (e ainda hoje!) como um bruto semi-curvado, de aspecto feroz e estúpido, cacete ao ombro e escondido na sua caverna, hoje é fato universalmente aceite que o Homem de Neanderthal era completamente sapiens, ainda que com algumas degenerescências produzidas por enfermidades (artrite e raquitismo) e por circunstâncias ambientais adversas.
Apesar do carácter plenamente humano do Homem de Neanderthal ser conhecido desde 1957, é freqüente ainda hoje, todavia, encontrar a sua representação semi bestial; e não só em livros e revistas de divulgação. Não! Por exemplo, o modelo recente semi-bestial do Homem de Neanderthal foi retirado do Museu Field de História Natural de Chicago em 1975. Foi lançado ao lixo, lugar que lhe correspondia? Não senhor, foi retirado do primeiro piso (origens do homem) e colocado no segundo piso, junto aos dinossauros, com uma legenda que diz: "modelo alternativo, do Homem de Neanderthal" (!). É de sublinhar que a secção dos dinossauros é a mais visitada, em especial por crianças e jovens das escolas e colégios... Este é um exemplo acabado de "honestidade científica ".
A respeito dos assim chamados "Homo erectus" (Pitecanthropus e Sinanthropus), haveria muito que dizer. Dos achados originais que deram lugar a este grupo taxonômico, um deles, o Homem de Java (Pitecanthropus erectus), teria sido – segundo o seu próprio descobridor, E. Dubois – simples e unicamente um macaco (gibão) de grande tamanho. O outro, o Homem de Pekin, tem todas as aparências de ter sido outra de tantas fraudes que se cometeram neste assunto. Os supostos "Homo erectus" descobertos mais recentemente em África (Leakey e Walker, 1984) parece que, pelas descrições, seriam neanderthales isto é, sapiens.
Em relação aos tão falados Australopithecus de África (incluindo Lucy) desde já esclareço, leitor, que estes são seres definitivamente macacos, não há discussão a tal respeito: um metro de estatura; capacidade craniana entre 500 e 600 c.c. (como o chimpanzé, por exemplo; a do homem é de cerca de 1.500 c.c.); forma do crânio "caracteristicamente simiesca" (Lord Zuckerman); capacidade para deslocar-se pelos ramos como ou melhor que o orangotango (Charles Oxnard), etc.
Todos esses outros nomes que se lêem ou escutam (Ramapiteco, Dryopiteco, Kenyapiteco, Sivapiteco, etc.) são todos, sem excepção, "macacopitecos".
O problema está em que o termo "hominídio" designa, precisamente, qualquer macaco que caminhasse mais ou menos como bípede, ou que o seu descobridor sustenta que caminhava, e que tenha dentes mais pequenos que os outros macacos. Isso já é bastante para graduar-se como "hominídio" e para que o seu descobridor (ou inventor) se transforme, da noite para o dia, num Júlio César da antropologia.
Com respeito a estes critérios, tampouco se duvida que sejam demasiado exagerados, já que com apenas um dente, um pedacinho de mandíbula ou um bocado de crânio, um antropólogo pode reclamar o estatuto de "hominídio" para o seu achado.
Em última instância, um "hominídio" é qualquer coisa que um antropólogo batize como tal... Inclusivamente um Homo sapiens, como sucedeu ao Homem de Neanderthal!


Ainda que haja logo retratações ou refutações, o fato é que na história da Antropologia abundam os exemplos de "hominídios" criados desta maneira. Basta recordar, por exemplo, o famoso Homem de Nebrasca, "criado" em 1922 com base num molar, que logo se descobriu pertencer a um pecari.
Nas ilustrações da época apareciam o senhor e a senhora Homem de Nebrasca com os seus dois filhos, varão e nina – decerto a família tipo, digamos; indumentária: tanga, naturalmente; habitação: caverna, claro está; ele de cacete ao ombro, ela amamentando, etc. Tudo isto, repito, com base num molar de pecari, espécie de porco selvagem americano.

1 comentários:

Guilherme Santos disse...

A necessidade de se refutar o cristianismo e o criacionismo é tanta que os homens, hominídeos ou não (rs), criam para si fábulas.

"3)Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4)E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" - 2 Timóteo 4:2-3